quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Mensagem do Papa Bento XVI aos jovens no Brasil

"Vós, jovens, não sois apenas o futuro da Igreja e da humanidade, como uma espécie de fuga do presente. Pelo contrário: vós sois o presente jovem da Igreja e da humanidade. Sois seu rosto jovem. A Igreja precisa de vós, como jovens, para manifestar ao mundo o rosto de Jesus Cristo, que se desenha na comunidade cristã. Sem o rosto jovem a Igreja se apresentaria desfigurada".

"Queridos jovens, Cristo vos chama a serem santos. Ele mesmo vos convoca e quer andar convosco, para animar com Seu espírito os passos do Brasil neste início do terceiro milênio da era cristã. Peço à Senhora Aparecida que vos conduza, com seu auxílio materno e vos acompanhe ao longo da vida".

PAPA BENTO XVI

10 de maio de 2007

Estádio do Pacaembu

São Paulo

BRASIL












Viagem Apostólica ao Brasil - Papa Bento XVI




Viagem Apostólica ao Brasil por ocasião da V Conferência Geral do Episcopado da América Latina e do Caribe(9-14 de maio de 2007)






"O Brasil ocupa um lugar muito especial no coração do Papa não somente porque nasceu cristão e possui hoje o mais alto número de católicos, mas sobretudo porque é uma nação rica de potencialidades com uma presença eclesial que é motivo de alegria e esperança para toda a Igreja".

PAPA BENTO XVI
09 - MAIO - 2007

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Teologia de Fátima - Revelação do Segredo - 13 de maio de 2000.



Comentário Teológico elaborado pelo Cardeal Joseph Ratzinger, atual Papa Bento XVI, prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé na ocasião. (13 de maio de 2000)


Quem lê com atenção o texto do chamado terceiro ‘segredo’ de Fátima, que depois de longo tempo, por disposição do Santo Padre, (...) ficará presumivelmente desiludido ou maravilhado depois de todas as especulações que foram feitas. Não é revelado nenhum grande mistério; o véu do futuro não é rasgado. Vemos a Igreja dos mártires deste século que está para findar, representada através duma cena descrita numa linguagem simbólica de difícil decifração.A doutrina da Igreja distingue ‘revelação pública’ e ‘revelações privadas’. (...) ‘revelação pública’ designa a ação reveladora de Deus que se destina à humanidade inteira e está expressa literariamente nas duas partes da Bíblia: o Antigo e o Novo Testamento. (...) em Cristo Deus disse tudo de si mesmo, e portanto a revelação ficou concluída com a realização do mistério de Cristo, expresso no Novo Testamento.

Ouçamos o que diz o Catecismo da Igreja Católica sobre isto também: “No decurso dos séculos tem havido revelações ditas ‘privadas’, algumas das quais foram reconhecidas pela autoridade da Igreja. (...) O seu papel não é (...) ‘completar’ a Revelação definitiva de Cristo, mas ajudar a vivê-la mais plenamente numa determinada época da história (n.67).

A revelação privada, como a de Fátima, é um auxílio para esta fé, e manifesta-se credível precisamente porque faz apelo à única revelação pública, a Sagrada Escritura. (...) É uma ajuda que é oferecida, mas não é obrigatório fazer uso dela.(...) É preciso ter presente que a profecia, no sentido da Bíblia, não significa predizer o futuro, mas aplicar a vontade de Deus ao tempo presente e consequentemente mostrar o reto caminho do futuro. (...) O profeta vem em ajuda da cegueira da vontade e do pensamento, ilustrando a vontade de Deus enquanto exigência e indicação para o presente.

Os diversos acontecimentos, na medida em que lá são apresentados, pertencem já ao passado. Quem estava à espera de impressionantes revelações apocalípticas sobre o fim do mundo ou sobre o futuro desenrolar da história, deve ficar desiludido. Fátima não oferece tais satisfações à nossa curiosidade, como, aliás, a fé cristã em geral que não pretende nem pode ser alimento para nossa curiosidade. O que permanece (...) é a exortação à oração como caminho para a ‘salvação das almas’, e ao mesmo sentido o apelo à penitência e à conversão.


JOSEPH Cardeal RATZINGER

Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé.Nosso atual e amado Santo Padre, o Papa Bento XVI.

Homenagem póstuma ao Santo Padre, Papa João Paulo II, o Grande.


LOUVADO SEJA NOSSO SENHOR JESUS CRISTO...Com estas palavras, na noite de 16 de outubro de 1978, João Paulo II iniciou o terceiro maior pontificado da História. Nascido em 18 de maio de 1920, na pequena cidade polonesa de Wadowice, Karol Iosef Wojtyla, apelidado “Lolek” pelos seus conterrâneos, brilhou como aurora aos seus pais Emilia e Karol Wojtyla.Já muito jovem perdeu seus irmãos e pais. Sofreu com seu povo os horrores do nazismo, a II Guerra Mundial e os regimes totalitários vividos na Polônia que impediam a liberdade e a solidariedade.Participou ativamente do Concílio Vaticano II, assumindo o diálogo com a sociedade proposto por João XXIII e Paulo VI, mas sem jamais abdicar da Verdade do Evangelho, a qual todos nós, batizados, devemos anunciar.
No dia 22 de outubro de 1978, ao ser entronizado na Basílica de São Pedro, o primeiro Papa não italiano após 455 anos exclamou com voz forte: “Não tenham medo”! Exortando-nos a viver a coragem dos filhos e filhas de Deus, a não temer a injustiça, mas buscar uma sociedade mais justa e solidária, para que o ser humano tenha consciência de seu valor e de sua dignidade perante o Criador.Sua voz profética foi ouvida por milhares e milhares, emocionando e fortalecendo a fé, a esperança e a caridade nos corações humanos.
Tentaram calar sua profecia, mas João Paulo II não se amedrontou, sua confiança em Deus era inabalável.Como todo bom profeta, sua pessoa e seus pensamentos não foram bem aceitos em alguns lugares. Mesmo assim, não desistiu da luta pela Paz, combateu com valentia, por onde passou, o fundamentalismo religioso e político. Enquanto muitos pronunciavam o nome de Deus para legitimar suas atrocidades, o Santo Padre invocava os Direitos Humanos.
O lema de seu pontificado era “Totus Tuus”, “Todo Teu”. O Papa era todo de Jesus, todo de Maria, todo da Humanidade. O incansável Wojtyla não renunciou o ministério, seguindo os passos do Mestre de Nazaré que não renunciou à Missão libertadora de Deus Pai. Consumiu sua vida na busca pela unidade dos cristãos, pelo diálogo inter-religioso, destaca-se sua presença entre judeus e muçulmanos. Levou seu testemunho às terras mais longínquas do Planeta, só não pisou onde os corações, endurecidos pelo orgulho, não suportavam sua figura pacífica e reconciliadora.
Teríamos muito mais a dizer desse Homem da Fé, mas queremos guardar em nossos corações o seu exemplo de vivência evangélica, a sua firmeza diante da complexidade do mundo, a coragem do sim ao chamado de Deus.
João Paulo II, nosso saudoso Papa, despediu-se de nós no último dia 02 de abril de 2005, às vésperas do Domingo da Divina Misericórdia, por ele instituído. Pedimos ao Senhor Ressuscitado que o acolha na sua infinita Misericórdia, suscite na Igreja e no mundo profetas corajosos que lutem pela dignidade e pela Paz, para que a humanidade perceba que o Amor é o melhor na concretização da justiça.Santo Padre, nós te agradecemos pela dedicação e entrega da vida à causa do Reino de Deus, por isso sempre te cantaremos unidos a todo povo brasileiro, homenageando o Peregrino da Paz: “A Benção, João de Deus, vosso povo te abraça”!

Homenagem ao Cônego Milton Santana - Saudoso Pároco de Nossa Sra. de Fátima - Taquaral - Campinas - SP


Cônego Milton Santana

“Sempre me fascinou o Cristianismo com os riscos”, foi uma frase que deixou em um dos seus inscritos e marcou todo o desenrolar de sua vida. Nasceu em 24 de abril de 1907 em São Félix, BA, filho de Edmundo Alves de Santana e de Dona Amélia Santana. Estudou na Escola primária Rio Vermelho, em Salvador, de 1914 a 1917. Fez o Seminário Menor em Salvador, de 1927 a 1930. Cursou Filosofia no Seminário Maior de Aracaju, SE, de 1931 a 1932, e Teologia no Seminário Central do Ipiranga, SP, de 1933 a 1936.
Acolhido por Dom Francisco de Campos Barreto, foi por ele ordenado presbítero em 06 de dezembro de 1936 na Catedral de Campinas. Foi Capelão do Instituto Penido Burnier; Coadjutor da Matriz de Nossa Senhora do Carmo e Nossa Senhora das Dores, em 1938. Assistente da JOC. Pároco de Santa Maria de Jaguariúna, em 21 de janeiro de 1941 e em 1942 a 1952, colaborou na fundação da Paróquia de São Sebastião, em Limeira, onde construiu a Casa Paroquial, o Salão Paroquial e a Sede do Círculo Operário. Fundou ali o Jornal “A Cidade dos Trabalhadores” e uma Creche. Em 17 de março de 1955 assumiu a Paróquia de Nossa Senhora de Fátima no Bairro Taquaral, em Campinas. Seu primeiro trabalho, foi terminar a Igreja Matriz, iniciada pelo primeiro Pároco, Cônego Carlos Menegazzi que, apenas a deixou erguida. Instalou o Posto de Puericultura Beatriz Helena. Desenvolveu ampla Obra Assistencial e Promocional na Paróquia, sempre trabalhando em prol da Justiça Social; conhecido defensor dos oprimidos e marginalizados, sendo até chamado “Padre das Prostitutas” que, naquele tempo eram abundantes no bairro.
Foi detido e molestado durante o Golpe Militar de 1964, sendo detido na Escola de Cadetes e confinado dois meses em Cananéia, SP, e, tendo ainda, por este motivo, perdido uma das vistas. Era exímio jornalista, publicando periodicamente artigos contundentes nos jornais da cidade, chegando a ser chamado por isso, de “Padre Comunista”. Em 1958, foi nomeado Cônego Honorário do Cabido Metropolitano de Campinas e em 1984, recebeu o título de “Cidadão Campineiro”.
Em 1990, Cônego Milton, sofreu um espasmo cerebral e ficou preso a uma cadeira de rodas. Depois de 36 anos de paroquiato, em 12 de março 1993, entregou sua renúncia da Paróquia ao Senhor Arcebispo, Dom Gilberto Pereira Lopes, continuando a residir na Casa Paroquial como Padre Emérito, vindo a falecer aos 03 de abril de 1998, sendo sepultado no Jazigo do Clero, no Cemitério da Saudade, em Campinas.
No dia 10 de dezembro de 1948, a Assembléia Geral das Nações Unidas promulgou a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Em 1998, em comemoração aos 50 anos da Declaração, a Câmara Municipal de Campinas aprovou um Projeto de Resolução que instituiu a “Medalha Cônego Milton Santana de Direitos Humanos”. O objetivo é homenagear alguma pessoa ou entidade que tenha se destacado em Campinas na luta pelos Direitos Humanos. A “Medalha Milton Santana” é entregue uma vez por ano, em dezembro, durante as atividades da Semana Municipal de Direitos Humanos, a apenas uma pessoa ou entidade.